NOSSA CONFISSÃO DE FÉ
A ETRA – Escola Teológica Reformada de Aratuba
não reconhece qualquer inspiração ou infalibilidade na presente confissão de
fé, apenas a tem na conta de uma exposição básica das verdades fundamentais do
cristianismo, altamente proveitosa na medida em que se conformam as santas
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo.
Desde já salientamos que esta Confissão de Fé,
do século XXI, reconhece da Igreja Antiga, os quatro credos universais: o Credo
Apostólico (III e IV séculos); o Credo de Nicéia (325/381); o Credo de Atanásio
(IV e V séculos); e o Credo de Calcedônia (451). Das igrejas históricas
protestantes, reconhecemos o Catecismo de Heidelberg (1563) e a Confissão de fé
Batista (1689). E da igreja protestante mais recente, aceitamos a Declaração de
Chicago sobre a Inerrância da Bíblia (1978); e a Declaração de Denver, em
Massachusetts (EUA, 1988) sobre os papéis de homens e mulheres na família e na
igreja.
Assim sendo, promulgamos os 24 artigos a seguir
como nossa Confissão de Fé aqui expostos de modo sistemático e biblicamente
fundamentados para que tenhamos uma vida de plena adoração e culto ao único
Deus verdadeiro e possamos experimentar assim felicidade abundante na comunhão
dos eleitos e num constante serviço ao nosso próximo.
ARTIGO 01 – SOBRE A SAGRADA ESCRITURA
1.
Confessamos
que a Bíblia Sagrada é verbum Dei
(Palavra de Deus) ou vox Dei (voz de
Deus) e dessa forma ela não “teve origem na vontade humana; mas homens [santos]
falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”, conforme 2Pe 1.21. E
como o escrito vem da mente de Deus pela pena humana dos profetas e apóstolos é
chamada de revelação especial. Nessa revelação temos um evangelho que é tanto
sobre Deus como aquele que procede de Deus.
2.
Confessamos
que a Sagrada Escritura é a nossa única regra suficiente e infalível de
conhecimento para a compreensão do plano de salvação dos eleitos. Nela
encontramos respostas claras as nossas inquirições e suprimento das
necessidades. Não significa que todas as questões abordadas sejam claras da
mesma forma, mas que tudo que é necessário para a salvação e vida cristã estão
ali expostos de maneira tal que satisfaz a mente daquele que nasceu de Deus.
3. Confessamos como Sagrada Escritura a coleção de
livros inspirados ou canônicos, reconhecidos pelo povo da antiga e nova
aliança, sendo 39 livros do Velho Testamento, agrupados nas categorias de Lei,
História, Poesia e Profecia, assim relacionados: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas,
Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Isaías,
Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós,
Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias; e 27 livros do Novo Testamento, agrupados nas categorias de
Evangelho, História, Cartas e Profecia, assim relacionados: Mateus, Marcos,
Lucas, João, Atos, Romanos, 1e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus,
Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.
4. Confessamos que os livros comumente denominados
de apócrifos não são inspirados e por isso mesmo não tem qualquer autoridade
sobre a vida do cristão quer individual ou coletivamente, mesmo que sua leitura
seja de algum valor em conhecimento histórico, geográfico ou literário da
história do povo de Deus na antiga aliança. Esses livros são: 1 e 2 Esdras,
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, acréscimos aos livros de Ester
e Daniel, a Oração de Manassés e 1 e 2 Macabeus.
Is 8.20; 2 Tm 3.15-17; Lc 16. 29,31; Lc 24.27,44; Rm
3.2;
1 Co 4.6; 1 Tm 5.18; Hb 1.1; 1Pd 1.19,20; 2 Pd 3.16
ARTIGO 02 – SOBRE DEUS E A SANTÍSSIMA TRINDADE
1.
Confessamos
com nossos lábios e vida que existe apenas um único e verdadeiro Deus,
sempiterno, todo-poderoso, imutável, perfeito, tão santo, puro e infinito que
caso Ele não se revelasse a nós, jamais poderíamos conhecê-lo e que apesar
dessa revelação Ele continua absoluto e sempre será um mistério, pois ainda que
o conhecimento que dele temos seja verdadeiro e suficiente, mesmo assim jamais
penetraremos na incompreensível natureza de seu ser. Confessamos ainda que seus
atributos incomunicáveis como Independência, Imutabilidade e Eternidade o
tornam fora e acima, mas não longe de nós; e seus atributos comunicáveis como
Amor, Bondade, Misericórdia e Sabedoria, mostram que algo em nós ainda que
imperfeito revela quão glorioso Ele é em caráter e perfeição.
2.
Confessamos
que o monoteísmo revelado na Sagrada Escritura não anula e nem contradiz a
pluralidade da personalidade no ser divino, antes o estabelece. Portanto existe
a pessoa do Pai, a do Filho e a do Espírito Santo, conhecidas como as três
pessoas da Santíssima Trindade de modo que há um só Deus e três pessoas iguais
em substância, majestade, glória e poder de modo que adoramos o Pai, o Filho e
o Espírito Santo. Entretanto, apesar do mesmo poder e glória não são a mesma
pessoa e embora ajam em perfeita harmonia, há atividades específicas de cada
pessoa, seja na criação ou na redenção. É por isso que dizemos que o Conselho
Eterno da trindade decidiu na eternidade o plano da salvação, mas foi o Pai
quem enviou o Filho, e foi o Filho quem morreu na Cruz e é o Espírito Santo
quem aplica a salvação no coração do pecador.
Dessa forma em conformidade ao credo atanasiano, adoramos o Pai, o Filho
e o Espírito Santo sem confundir as pessoas e nem dividir a substância.
Êx 3.14; Êx 34.6; Is
48.12; Jr 10.10; Ml 3.6; Jo 4.24; 1Tm 1.17; Mt 3.13-17; 28.19; 1 Co 12.4; 2Co
13.14; Ef 1. 3, 5-7,13,14; 4.4-6; 1Pd 1.2
ARTIGO 03 - SOBRE A VONTADE DE DEUS E SEUS
DECRETOS
1.
Confessamos a
soberania de Deus sobre todas as coisas que existem e que a execução plena e
infalível de toda a sua vontade não pode jamais ser frustrada. Confessamos entretanto
que a vontade divina embora una e perfeita é distinta nas Escrituras como a) A vontade decretiva pela qual o Senhor realiza
eficazmente todo o seu querer sem jamais ser resistido; b) A vontade
preceptiva, expressa nos preceitos e mandamentos comunicados pelo Senhor e que
pode ser resistida pelo humanos; e c) A vontade de disposição que é tudo aquilo
que alegra ou desagrada a Deus de modo que também poderá ser resistida. A
vontade decretiva de Deus é secreta e somos passivos; e a vontade preceptiva de
Deus é revelada e somos ativos. Ao satisfazermos a segunda que conhecemos
estamos em conformidade com a primeira que foge ao nosso conhecimento.
2.
Confessamos
que desde toda a eternidade, Deus decretou o que iria acontecer no tempo e no
espaço na história de anjos e dos homens e o fez segundo a sua soberana e
eterna vontade. Nada pode acontecer sem o decreto de Deus. Mesmo o pecado do
qual não é autor ou co-autor em nenhum sentido, ainda assim sua existência é
por decretar sua permissão e ao fazê-lo o fez por um propósito soberano, santo e
bom.
3.
Confessamos
que Deus ao decretar a permissão do mal, Ele também predestinou (ou preordenou)
aos homens e anjos conforme seu beneplácito, sendo uns para a eterna perdição
manifestando sua justiça e outros para a glória indizível, manifestando sua
glória de maneira que seu número total é plenamente conhecido pelo Senhor que
assim determinou conforme seu querer.
Is 46.10; Rm 9.15,18;
At 15.18; Ef 1.11; Hb 6.17;2Tm 2.19; Jo 13.18
ARTIGO 04 – SOBRE A CRIAÇÃO E A DIVINA PROVIDÊNCIA
1.
Confessamos
que no princípio o Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo) criou todas as
coisas para manifestar sua glória e poder eternos de modo que sua bondade e
sabedoria são vistas em todas as obras da criação nos céus e na terra, sendo
que esta criou em seis dias, coroando a criação no último dia com a existência
do primeiro casal Adão e Eva.
2.
Confessamos
que Deus não apenas é o criador de sua obra, mas dela é o sustentador e
provedor de todas as coisas necessárias para o desenvolvimento, funcionamentos
e sustento da criação. Confessamos assim que Deus governa a sua criação na
preservação para que a mesma conserve suas propriedades; e na cooperação para
que as coisas sejam dirigidas para os fins que se propõem.
Gn 1.31; Jó 26.13; Jo
1.2,3; Rm 1.20; Cl 1.16; Hb 1.2
Jó 38.11; Sl 135.6; Is
46.10,11; Ef 1.11; Hb 1.3
ARTIGO 05 – SOBRE O HOMEM, SUA QUEDA E INCAPACIDADE DE FAZER O BEM
1.
Confessamos
que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, santo, reto e com
capacidade de pecar e não pecar com a posse de livre-arbítrio. Confessamos
também que no teste de sua fidelidade fracassou embora vivesse em plena
harmonia com o Criador e a criação. Sua desobediência trouxe a sentença divina
de morte corporal e espiritual sobre Adão, Eva e seus descendentes. Confessamos
ainda que a queda refere-se não a um acidente e, sim, a uma rebelião voluntária
e consciente do primeiro casal em desobedecer ao Pacto de Obras estabelecido
pelo Criador no jardim do Éden.
2.
Confessamos
que com a entrada do pecado o homem tornou-se incapaz de não pecar e perdeu o
livre-arbítrio, sendo incapaz de realizar qualquer bem para com Deus. O homem tornou-se
assim tão perverso, ímpio e corrupto, que sua liberdade é na verdade sua
escravidão de maneira que ninguém virá ao Filho se o Pai não o trouxer, e
ninguém conhecerá o Pai se o filho não quiser revelar visto que o homem natural
não aceita as coisas de Deus e está em constante inimizade contra Ele.
Gn 1.26,27; 2.7; Gn
3.19; Ec 12.7Jo 1.5; 3.27; 6.44; Rm 8.7; 1Co 3.5
ARTIGO 06 – SOBRE O PECADO ORIGINAL
1. Confessamos que o ser humano peca porque é
pecador e não apenas pecador porque peca. Por pecado original entendemos não o
pecado de Adão e Eva em si, mas a punição oriunda desse ato que trouxe
depravação e mergulhou a humanidade inteira em trevas e condenação. Pecado
original é a depravação da natureza humana e um mal hereditário que até mesmo
os infantes estão contaminados desde o ventre materno. Confessamos assim a
rejeição ao erro do pelagianismo que atribuía o pecado a mera imitação, e
reafirmamos que o pecado é resultado da natureza pecaminosa sendo o mesmo
somente perdoado pela graça e misericórdia do Senhor.
Jó 14.4; Sl
51.5; Jo 3.16; Rm 3.10; 5.12-14; 7.18,19; Ef 2.3-5
ARTIGO 07 – SOBRE A ENCARNAÇÃO DO FILHO E SUAS DUAS NATUREZAS
1. Confessamos a crença
na doutrina cristã da encarnação de Cristo e a consequente união das duas
naturezas, humana e divina de Jesus Cristo chamada de União Hipostática.
Confessamos que “Jesus, permanecendo o que era, tornou-se o que não era.” E
dessa forma ao encarnar-se não houve diminuição de sua divindade, apenas acréscimo
de humanidade. Confessamos que a Escritura fala do “Verbo que era Deus” e
depois do “Verbo que se fez carne”. No primeiro caso o apóstolo fala de sua
eternidade e no segundo de sua entrada na história humana como “verbo
encarnado”, já que seu nascimento foi virginal, gerado pelo Espírito Santo sem
participação masculina e sem pecado herdado. Dessa forma confessamos a rejeição
do ensino dos Anabatistas e afirmamos que Cristo foi fruto do ventre de Maria,
porém sem pecado, gerado do Espirito Santo.
Mt 1.23; Lc 1.42; At 13.23; Rm 1.3; Gl 4.4; 1Tm 2.5; 1
Tm 3.16; Hb 2.14; 7.26; 1 Pd 2.22
ARTIGO 08 – SOBRE CRISTO, O MEDIADOR
1. Confessamos a crença de que aprouve a Deus no
Pacto da Graça escolher seu filho Jesus Cristo para ser o mediador entre o Deus
santo e o homem pecador para que aquele tivesse a justiça satisfeita e esse à
remissão dos pecados. Confessamos ainda que ao encarnar-se Jesus assumiu os
ofícios de Profeta, Sacerdote e Rei de seu povo. Como Profeta ele tornou-se o
mensageiro infalível de Deus para os seus eleitos; como Sacerdote intercedeu
por seu povo e tornou-se ele mesmo o sacrifício expiatório perfeito em favor
dos seus; e como Rei Cristo inaugurou o reino implantando-o no coração de seus
escolhidos e por fim o consumará ao conduzi-los em breve para a eterna glória.
2. Confessamos que o ofício de mediador é
intransferível e impossível de ser exercido por outro além de Cristo, já que
Ele é o único com duas naturezas, humana e divina e que satisfaz assim a
mediação entre o homem e Deus de modo completo e eficaz.
Is 42.1; 53.10; Jo 1.14; 5.22,27; 17.6; At 2.36; 17.2;
Rm 8.30; Ef 1.22,23;Hb 1.2; 9.14; 10.14; 1 Tm 2.5
ARTIGO 09 – SOBRE A MORTE EXPIATÓRIA DE CRISTO E SEUS EFEITOS
1.
Confessamos
que a redenção oferecida por Cristo foi paga ao Pai somente após sua
encarnação, porém sua eficácia e benefícios foram comunicados ao seu povo de
todos os tempos e eras, desde o começo do mundo, pelo pacto eterno estabelecido
pela trindade na eternidade como cordeiro morto desde a fundação do mundo, prometido
na história da humanidade como descendente da mulher, vislumbrado em tipos e
sacrifícios de animais na antiga aliança e finalmente morto na cruz em
substituição de pecadores.
2.
Confessamos
que a expiação de Cristo na cruz é suficiente para todos, mas sua eficiência é
apenas para os eleitos, visto que se Cristo satisfez plenamente a justiça de
Deus para todos então segue-se que todos seriam real e não apenas
potencialmente salvos. Confessamos ainda que na obra da expiação não somente as
dores e sofrimentos de Cristo (sua obediência passiva) trouxe para nós benefícios
de seus méritos; mas também sua perfeita obediência a lei divina (sua obediência
ativa), transfere méritos de justiça aos eleitos de modo tal que podemos
proclamar com firmeza: “Quem fará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus
quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus quem morreu; e mais, que
ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Rm
8.33,34).
1Co 4.10; Hb 4.2; 13.8;
1Pd 1.10,11; Ap 13.8
Is 53.3,12; Mt 3.15; Rm
5.19; 1Co 1.30; Gl 3.13; Fp 3.8; 1Pd 2.24
ARTIGO 10 – SOBRE A PREDESTINAÇÃO, REGENERAÇÃO E SANTIFICAÇÃO
1. Confessamos que a difícil doutrina da
predestinação deve ser ensinada aqueles que já são exercitados na fé cristã
para que possam compreender, crer e proclamá-la de modo bíblico. O apóstolo
Paulo diz que fomos “predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as
coisas conforme o conselho de sua vontade...”. Confessamos assim que a
predestinação na definição paulina é conforme o propósito e o conselho de Deus.
Nele, o Senhor, perfeito, amoroso, justo e santo escolheu desde a eternidade,
pela eleição, aqueles que crerão em Cristo e passarão a eternidade nos céus; e
ainda preordenou ou deixou de lado aqueles que reprovados sejam banidos de sua
presença. Tal escolha é chamada de incondicional porque Ele não consultou a
ninguém, nem mesmo aos eleitos ou réprobos, para realizá-la, pois foi somente
pelo “conselho de sua vontade”.
Rm 8.28-30;Ef1.4-11;2Ts 3.13;2Tm 2.10;1Pd 1.1,2
2.
Confessamos
que somente uma mudança interior na alma do homem pode mudar suas disposições
interiores já que o mesmo encontra-se em estado depravado e sem condições de
buscar a Deus ou fazer qualquer bem. Tal mudança é chamada de regeneração. Com
o pecado de Adão e o juízo da natureza pecaminosa no ser humano, este ficou
morto em pecado. É como se cada um de nós estivéssemos num túmulo igual a
Lázaro e não pudéssemos fazer nada para sair de lá. Somente o autor da vida
pode nos fazer volta a viver. E como o homem está tão cego, alienado e não
passa de um cadáver ambulante, então Deus precisa agir no seu interior para torná-lo
à vida. Confessamos assim que a regeneração é uma ressurreição espiritual para
que o homem possa agora com vida, ver e entrar no reino de Deus conforme disse
Jesus no terceiro capítulo do evangelho de João. Confessamos assim que “a regeneração precede a fé”, pois primeiro o
homem necessita de vida para que possa exercer fé e arrepender-se de suas
maldades. Sem o novo nascimento é impossível o arrependimento e a fé como
dádivas de Deus.
Jo 3.3-8;
5.24;Tt 3.5
3. Confessamos que aqueles que foram predestinados
e regenerados serão também santificados. Confessamos que embora a salvação seja
única no ato do recebimento durante seu processo distinguem-se, por exemplo,
regeneração de santificação embora estejam relacionadas, pois enquanto na
regeneração o pecador é passivo (monergismo), na santificação ele é ativo
(sinergismo). Na primeira, Deus trabalha sem o concurso humano e na segunda a
ação divina recebe a cooperação humana.
At 20.32;1Co 1.2,30;6.11;2Ts 2.13;Hb
2.11;3.1;10.10,14;13;12
4. Confessamos que com a regeneração um novo
coração nos é dado, mas os resquícios da velha natureza ainda persistem e os
desejos pecaminosos precisam ser mortificados e dominados diariamente pela ação
santificadora da Palavra e a habitação do Espírito Santo na vida do eleito. Confessamos
ainda que essa santificação envolve todo o ser humano por completo, pois os
resíduos de corrupção estão em toda parte numa guerra irreconciliável entre a
carne e o espírito até que o corpo seja glorificado na vinda do Senhor.
1Ts 5.23;Rm
7.18,23; Gl 5.17; 1Pd 2.11
ARTIGO 11 – SOBRE A CORRENTE DOURADA DA SALVAÇÃO E A ORDO SALUTIS
1.
Confessamos
que a Sagrada Escritura em Romanos 8.29 e 30 apresenta o que convencionou-se
chamar de A Corrente Dourada da Salvação e que podemos resumidamente reconhecer
como a ordo salutis (ordem da
salvação) numa sequência lógica e não cronológica da salvação humana como
Presciência, Predestinação, Chamado, Justificação e a Glorificação dos eleitos.
2.
Confessamos
que a presciência é anterior à predestinação no sentido que Deus conhece
antecipadamente a quem elege e não que Deus as elege com base no conhecimento
prévio de suas escolhas. É a escolha de Deus que estabelece a eleição e não a
escolha humana que o torna um eleito. Caso assim fosse os habitantes de Tiro,
Sidom e Sodoma seriam eleitos pois o Senhor sabia que creriam se a operação de
milagres ocorridos em Corazim, Betsaida e Cafarnaum tivessem acontecidos nessa
cidades, mesmo assim em sua soberania não o fez conforme evangelho de Mateus
16.20-24.
3.
Confessamos
que a predestinação é a escolha de Deus que precede a escolha humana e por isso
é chamada de predestinação incondicional ou soberana para diferencia-la da
visão arminiana que é chamada de predestinação presciente ou condicional.
4.
Confessamos
que o chamado divino distingue-se em exterior e interior, onde o primeiro
envolve a pregação do evangelho audível aos sentidos humanos e que pode ser
resistido; e o segundo é o testemunho interior e irresistível do Espírito Santo
no coração dos eleitos. Confessamos que a corrente dourada fala do chamado
interior, pois doutra forma teríamos que aceitar que todos que ouvem ao
evangelho seriam predestinados para a salvação.
5.
Confessamos
que a justificação é a transferência dos méritos de Cristo na conta dos
devedores eleitos por seu soberano e gracioso amor de modo tal que somos justos
como se nunca tivéssemos cometido delito algum.
6.
Confessamos
que a razão da glorificação ainda futura ser mencionada com o verbo no passado semelhante
aos demais elos da corrente como presciência, predestinação, chamado e
justificação, dar-se pelo fato do plano de Deus para o seu povo desde a
eternidade não ser frustrado por nada ou ninguém e é também uma prova da
doutrina da perseverança dos santos.
7.
Confessamos
assim que os santos tem a certeza da salvação não por causa de seu esforço ou
dedicação, mas sim por Deus preservar os seus eleitos conforme sua promessa
infalível de segurar em suas mãos as suas ovelhas para que nunca se apartem
dele. Confessamos ainda que tal doutrina não nos conduz ao relaxamento, pelo
contrário sabemos que perseveramos porque ele nos preserva e protege, pois
nossa perseverança não é causa ou complemento de nossa salvação e, sim, seu
efeito comprovador de que realmente somos eleitos.
Sl 89.31,32; Ml 3.6;
Jo10.28,29;14.19; Rm 8.30;9.11,16;1Co 11.32;Fp 1.6; 2Tm 2.19;Hb 6.17,18;1Jo
2.19;
ARTIGO 12 – SOBRE A JUSTIFCAÇÃO PELA FÉ
1.
Confessamos a
doutrina da justificação forense onde somos legalmente declarados justificados
pela imputação da justiça de Cristo em nosso favor. Não somos justificados por
mérito algum que tenhamos ou façamos, seja o ato de crer ou qualquer obediência
que façamos, mas simples e unicamente pela imputação da obediência ativa de
Cristo a toda a lei por nós; e de sua obediência passiva na morte de cruz em
nosso lugar. Por justificação somente pela da fé (sola Fide) entende-se a
justificação somente pela justiça de Cristo (solus Christus). Confessamos que
Deus veste as criaturas sujas com a capa da justiça de Cristo e isso por meio
da fé de modo que a fé é o meio de nos apropriarmos dos méritos de Cristo e
essa mensagem é o coração do evangelho.
Jo 1.12; Rm 3.24;4.5-8;5.17-19;8.30;1Co
1.30,31;Ef 2.8-10; Gl 5.6;Fp 3.8,9
ARTIGO 13 – SOBRE A FÉ E AS BOAS OBRAS
1.
Confessamos
que a doutrina da justificação pela fé não anula a prática das boas obras. A
primeira é a causa e a segunda o seu efeito, sendo que uma fé verdadeira,
produzirá obras verdadeiras, afinal é a própria escritura que diz: “Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus, não de
obras, para eu ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo
Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão as preparou para que
andássemos nela.” (Ef 2.8-10). Confessamos que os escritores canônicos, Paulo e
Tiago criam na mesma verdade e a expuseram sob aspectos diferentes, sendo que
Paulo fala da justificação pela fé nos méritos de Cristo, o que Tiago não nega,
mas usa a justificação pelas obras no
sentido de que estas obras demonstram a natureza dessa fé de modo que obras
mortas evidenciam uma fé morta e obras vivas evidenciam uma fé viva.
Is 29.13;Mq 6.8;Mt
5.16;15.9;Rm 6.22;Ef 2.10;Fp1.11;Tg 2.18-22; 2Pd 1.5-11
ARTIGO 14 – SOBRE A LEI E A GRAÇA
1.
Confessamos
que não existe substancial diferença entre a Antiga e a Nova aliança ou entre a
Lei e a Graça, já que o plano estabelecido na eternidade foi supervisionado e executado
por seu autor. As diferenças envolvem as administrações, pois se antes o Senhor
ao prometer bênçãos terrenas ao seu povo, desejava produzir-lhes
antecipadamente o anelo pelo céu, hoje Ele nos conduz a essa alegria sem o uso
dessas sombras. Confessamos ainda que não reconhecemos nas Escrituras a
afirmativa dispensacionalista de que no Antigo Testamento as pessoas eram
salvas pelas obras da lei e no Novo Testamento elas são salvas pela graça. Após
o pecado todos os eleitos assim se tornaram pelos méritos da graça de Cristo e
nunca por suas obras.
Ez 36.27;Rm 6.14;8.1;10.4;Gl 3.21;Hb 4.2; 1Pd
3.8-13
ARTIGO 15 – SOBRE A IGREJA, SEU GOVERNO, DISCIPLINA E SACRAMENTOS
1.
Confessamos a
fé numa igreja una, católica e apostólica que é a assembleia dos santos,
chamados por Deus, justificados por Cristo e selados pelo Espírito Santo em
plena comunhão com a trindade santa. Confessamos que a igreja é invisível e
triunfante, composta por todos os eleitos que já estão em descanso na glória; e
igreja visível e militante, composta por todos aqueles que vêm a Cristo pelo
chamado eficaz e que aguardam enquanto labutam na seara do Senhor, a redenção
do corpo em sua gloriosa vinda.
Cl 1.18;Ef 1.10,22,23;5.23,27,32;Hb 12.23;
2.
Confessamos
que existe um modelo de governo ordenado pela Sagrada Escritura com uma
pluralidade de presbíteros na Igreja local. Essa pluralidade de presbíteros é
citado com tanto frequência no NT que estabelece um padrão neotestamentário de
governo eclesiástico (At 11. 30; 14.23; 15,4,6,22-23; 16.4; 20.17; 21.18; Fp
1.1; 1Ts 5.12; 1 Tm 4.14; Tt 1.5; Hb 13.17; Tg 5.14;1Pd 5.2-3). Confessamos que
o presbitério no Novo Testamento tem autoridade somente sobre a congregação na
qual foi legitimamente ordenado. Esse grupo de presbíteros pode ser chamado de
presbitério local, corpo presbiterial ou os pastores da igreja. Confessamos que
os presbíteros serão sempre pessoas do sexo masculino em obediência a santa
palavra (1 Co 14. 34-35; 1Tm 2.11-13). No NT temos mulheres com dons de
profecias e outros trabalhos na ajuda e socorro dos santos, mas nunca no
governo da igreja, de modo que não encontramos mulheres “apostolisas”,
“presbíteras”, “bispas”, “pastoras” ou “diaconisas”. Confessamos ainda que os
presbíteros e os diáconos devem ser escolhidos para seus ofícios por eleição
legítima pela congregação, sob a invocação do Senhor e conforme as
qualificações por Ele estabelecidas em sua santa palavra. E que os mesmos sejam
ordenados solenemente com jejuns e orações e a imposição de mãos pelo
presbitério da igreja;
3.
Confessamos
que aqueles que governam a igreja devem mantê-la sob ordem e disciplina
conforme ordena o Senhor. E que seus membros não devem perturbar a ordem ou
decência das reuniões solenes e nem a elas faltarem ou procederem com
irreverência, sabendo que é com muito temor e tremor que estamos na santa presença
do Senhor nosso Deus. Confessamos que todos os crentes gozam dos privilégios de
Cristo e estão também sujeitos à disciplina e ao governo da igreja, podendo em
casos necessários de rebelião pertinaz a excomunhão da congregação dos santos. Confessamos
também que cada membro deve orar continuamente para o bem da congregação e
envolver-se no testemunho do evangelho para a expansão e crescimento dos
salvos. Confessamos ainda que as dificuldades ou divergências doutrinarias
devem ser conduzidas ao governo da igreja e que estes junto com a congregação
se manifestarão sobre o assunto para que haja paz no seio da congregação.
Mt 18.15-17;Ef 4.2,3;At
15.2,4,6,22,23,25;2Co 1.24;1Ts 5.14; 2Ts 3.6,14,15; 1Jo 4.1
4.
Confessamos que a Santa Igreja recebeu do único legislador Jesus
Cristo a incumbência de celebrar até a sua vinda os dois sacramentos ou
ordenanças que são o batismo e a santa ceia, ambos selos e sinais exteriores e
visíveis de realidades interiores e invisíveis.
Confessamos ainda que os dois sacramentos ou ordenanças devem ser ministrados
aos santos em comunhão para o alimento e sustento de nossa fé com base em suas
santas promessas
Mt 28.19,20; 1Co11.26
ARTIGO 16 – SOBRE O SANTO BATISMO
1.
Confessamos
que o batismo é um sacramento ou ordenança do Novo Testamento, dado a igreja
pelo Senhor Jesus para que todos aqueles que participem desse ritual se
identifiquem com Cristo em sua morte e ressureição, para remissão de pecados e
uma novidade de vida, simbolizados pela água.
Mc 1.4;16.16; At
8.36,37;22.16; Rm 6.3-5; Gl 3.27; Cl 2.12
2.
Confessamos o
credobatismo por imersão, onde será aceita apenas pessoa que confessou a fé
cristã em obediência ao Senhor Jesus onde será submersas em águas, sendo
batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Mt 3.16; 28,19,20; Jo 3.23; At 8.38
ARTIGO 17 – SOBRE A SANTA CEIA
1.
Confessamos
que a Santa Ceia do Senhor foi estabelecida por Ele na noite em que foi traído
para que sua igreja a observe durante sua peregrinação terrestre como um
testemunho perpétuo do sacrifício da morte de Cristo, e dessa forma dela
recebamos os benefícios como alimento da fé para o crescimento espiritual do
seu povo.
2.
Confessamos
que os elementos da ceia, pão e vinho, devem ser ministrados ambos a todos os
fieis como um memorial do sacrifício perfeito de Cristo realizado na cruz.
Confessamos ainda que negamos que os elementos tornam-se o corpo e o sangue de
Cristo, conforme a crença da transubstanciação no catolicismo; ou que os
elementos contém o corpo de Cristo conforme crença da consubstanciação no
luteranismo.
Mt 26.26,27;1Co 11.23-26;1Co 10.16,17,21; Hb
9.25,26,28;
ARTIGO 18 – SOBRE A COMUNHÃO E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
1.
Confessamos
que os eleitos estão unidos a Cristo, sendo ele o Cabeça da igreja que é o seu
corpo e dessa forma todos tem comunhão uns com os outros ligados a Cristo pela
sua vida, sofrimento, morte e ressurreição. Confessamos também que todos os
membros, unidos uns aos outros na comunhão dos dons que cada um recebeu para
ser exercido em benefício do corpo de maneira ordeira e amorosa para a glória
de Deus e a edificação da igreja seja em questões materiais ou espirituais.
Jo 1.16;Rm
1.12;6.5,6;1Co 3.21-23;12.7;Gl 6.10;Ef 4.15,16;Fp 3.10;1Jo 1.3;
2.
Confessamos a
crença na operacionalidade e atualidade dos dons espirituais para os dias
atuais e não como os cessacionistas que os restringem a era apostólica.
At 2. 2-18; 19.5-7;1Co 1.7,8; 1Co 12-14
3.
Confessamos que os dons ministeriais de Cristo são capacitações
dadas por Ele a alguns membros do seu corpo para o exercício de certas funções
que glorificam ao Senhor e edificam a
fé dos irmãos no crescimento e maturidade cristã. Confessamos que os dons ministeriais
fundacionais de apóstolos e profetas cessaram, ficando apenas os dons
ministeriais edificacionais de evangelistas e pastores-mestres. Confessamos que
os dons ministeriais são diferentes dos ofícios de presbíteros e diáconos, sendo
estes escolhidos e ordenados publicamente pela igreja, enquanto que
evangelistas e pastores-mestres são dons dados diretamente por Cristo.
At 6.1-6; 14.23;Rm 12.3-8;1Co 3.10;Ef 2.10;3.5;4.9-16; 1Tm 3.1-13
ARTIGO 19 – SOBRE A ADORAÇÃO E O DIA DO SENHOR
1.
Confessamos
que desde a criação o homem existe para glorificar a Deus e usufruir de sua
augusta presença. Todo louvor, ação de graça, invocação e orações devem ser
direcionadas ao único Deus nos termos que ele mesmo estabeleceu para ser
adorado, temido e reverenciado.
Dt 6.13,14;Mt 4.9,10; Jo 4.23,24
2.
Confessamos
que o culto é atribuído ao Deus Pai, ao Deus Filho e ao Deus Espírito Santo e
somente a Ele, nunca aos anjos ou qualquer outra criatura seja no céu ou na
terra. Confessamos que o culto só é possível pela mediação de nosso Senhor Jesus
Cristo e em seu nome oramos e intercedemos pelas pessoas que vivem ou que
viverão, mas jamais pelas mortas ou por pessoas que se saiba que tenham
cometido o “pecado para morte”.
2Sm
7.29;12.21-23; Mt 28.19; Jo 6.23; 14.6 Rm 1.23; Cl 2.18;1Tm 2.1,2,5; 1Jo
5.16;Ap 19.10;
3.
Confessamos
que um tempo foi reservado por Deus para ser dedicado à adoração. Do princípio
do mundo até a ressurreição esse dia era o sétimo e desde então passou a ser o
primeiro dia da semana, o domingo que ficou conhecido como “Dia do Senhor” para
descanso dos labores, deveres do atendimento as necessidades do próximo e a
leitura da Escritura e Pregação da Palavra de Deus em particular no lar e em
público na congregação.
Êx 20.8; Mt 28.1-6; Mc
16.9; At 20.7; 1Co 16.1,2; Ap 1.10
ARTIGO 20 – SOBRE O MATRIMÔNIO E O DIVÓRCIO
1.
Confessamos
que o casamento foi estabelecido por Deus entre um homem e uma mulher, visando
o auxílio mútuo e propagação da espécie numa descendência legítima. Confessamos
que essa união deve ser somente entre duas pessoas de sexo oposto com
consentimento racional, que professem a mesma fé e não tenham nenhum grau de
consanguinidade proibidas pela sagrada escritura.
Gn 2.24; Lv 18; Ml
2.15; Mt 19.5,6; Mc 6.18;1Co 5.1; 7.2,9,39; Hb 13.4; 1Tm 4.3;
2.
Confessamos
que o divórcio é uma cláusula excetiva, permitida pelas Escrituras Sagradas
somente pelas razões de adultério ou relações sexuais ilícitas mencionado pelo
Senhor Jesus em Mateus 5.32; 19.1-12; e a deserção do cônjuge descrente mencionada
pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7.15. Confessamos que nesses casos de
divórcio legítimo será legítimo também somente o casamento da parte ofendida ou
abandonada.
ARTIGO 21 - SOBRE A LIBERDADE E COMPORTAMENTO DOS SANTOS
1.
Confessamos
que nossa liberdade foi-nos concedida por Cristo ao nos comprar com seu
precioso sangue de modo que fomos libertos do domínio do pecado, da maldição da
lei, da concupiscência da carne, de Satanás, das aflições da culpa e da
perdição eterna. Confessamos então que estamos livres dos mandamentos e
tradições de homens e que ao praticá-los estaremos ferindo a verdadeira
consciência.
Mt 15.9; At 26.18; Rm
8.3,28; 1Co15.54-57; Gl 1.14; 3.13; Cl 2.20,22,23.
2.
Confessamos
que nosso comportamento deve evidenciar a fé que professamos seja no trabalho e
no relacionamento com o patrão ou empregados; no lar e no relacionamento com
cônjuges, filhos ou parentes; na sociedade, no relacionamento com as pessoas,
autoridades constituídas e as leis; e na igreja, no relacionamento com os ministros
e membros da congregação. Confessamos ainda que a liberdade e comportamento dos
santos se evidenciam em suas falas e suas ações. Confessamos que seu modo de
vestir não deve ser indecente e nem vaidoso, respeitando os princípios de
diferenciação (homem e mulher); e o não uso de adornos fúteis e tatuagens no
corpo para que o bom nome do evangelho seja honrado e não desprezado pelo
proceder daqueles que proclamam sua verdade nos lábios e não na vida.
Ef 5.22-31;6.1-4;6.5-9;1Ts 2.12;1Tm 2.8,9;Tt
2.7;1Pd 3.1-7
ARTIGO 22 – SOBRE O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS E A RESSURREIÇÃO
1.
Confessamos
que entre a morte e a ressurreição as almas dos justos estão no paraíso
usufruindo das delicias celestiais, aguardando o dia da redenção de seus
corpos; e os ímpios estão no inferno, também aguardando a ressurreição e
experimentado os tormentos eternos. Confessamos que desde o pecado dos anjos e
homens foi assim, de modo que nunca existiu uma divisão de compartimento no
Hades, um para os justos e outro para os injustos até a primeira vinda de Jesus
quando ele transferiu os justos do paraíso inferior para o terceiro céu onde
desde então estão e vão.
Lc 16.19-26; 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap
20.13-15
2.
Confessamos
que segundo as escrituras existem apenas esses dois lugares, céu e inferno. Não
há nenhuma alusão ao purgatório para os adultos ou ao limbo para os infantes.
Mt 7.13,14;Lc 13.22-30
3.
Confessamos
que a escritura usa de linguagem simbólica para manifestar as indizíveis e
indescritíveis alegrias de estar com o Senhor; e os horrores dos tormentos e do
banimento para sempre da presença do Senhor.
Ap 14.1011; 19.20; 21.8; 21.10,19; 22.1-4
ARTIGO 23 – SOBRE A VINDA DO SENHOR E DO ARREBATAMENTO DA IGREJA
1.
Confessamos o
arrebatamento da igreja antes dos sete anos de tribulação para levar os seus
eleitos com a transladação dos vivos e a ressurreição dos mortos da terra, que
qual noiva estará perto de seu esposo, enquanto os ais e o governo do
anticristo se estabelece na terra.
Jo 14.1-3; 1Co 15.51-53; 1Ts 4.16; Tt 2.13;
2.
Confessamos
que após os anos de tribulação de castigos derramados sobre o mundo incrédulo,
o Senhor Jesus virá pessoal e fisicamente com a sua igreja para derrotar o
anticristo e o falso profeta, aprisionar Satanás, julgar as nações, ressuscitar
os mortos na tribulação e estabelecer o milênio de paz e prosperidade na terra
quando Ele sentar-se-á no trono de Davi para o governo do reino messiânico em
cumprimento das profecias referente à Israel.
Is 11; 65.17-25; Ez 37.21-28; Dn 7.17-22; Mt
25.31; Lc 1.32,33; At 1.10,11; 2.29,30; Ap 19.11-16; 20.1-7;
ARTIGO 24 - SOBRE O JUÍZO FINAL E O ESTADO ETERNO
1.
Confessamos
que após a implantação do reino milenar Satanás será solto por breve tempo para
enganar as nações e então será lançado no lago de fogo. Confessamos ainda que
nessa ocasião acontecerá a chamada segunda ressurreição dos mortos que serão
julgados e lançados no inferno para sempre.
Jo 5.28,29; Mt 25.41; Ap 20.7,9,10; Ap 20.11-15
2.
Confessamos
que após o julgamento final do trono branco os elementos da terra serão
desfeitos e novos céus e terra existirão e a cidade celestial descerá do céu
sobre a terra para habitação dos santos que viverão em eterna comunhão com
Deus. Confessamos ainda que o Filho então entregará o reino ao Pai, a fim de
que o Deus triúno reine sobre todas as coisas eternamente.
1Co 15.23-28; 2Ts 1.9;
2Pd 3.10; Ap 20.7-15; Ap 21-22
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