domingo, 14 de dezembro de 2014





O 25 de dezembro não têm qualquer relação histórica com o nascimento de Cristo e, sim, com as celebrações pagãs da Saturnália, a adoração do Sol Invicto e o aniversário do imperador Constantino. É por esses motivos que a celebração natalina tem causado controvérsia no âmbito histórico-teológico protestante. Enquanto algumas igrejas evangélicas celebram, outras rejeitam totalmente. Porém nosso objetivo aqui não é o Natal em si, mas a música mais cantada e tocada nessa época e a mensagem “natalina” que transmite. Caso alguém queira aprofundar-se sobre a história do natal à luz da Bíblia recomendo meu artigo "20 Verdades sobre a História do Nascimento de Jesus" (aqui). Certamente você já ouviu e cantou várias vezes a música “Então é Natal” da cantora Simone e ainda não percebeu o conteúdo sincretista e anticristão dessa canção, apesar de parecer o contrário. A música comemora o nascimento da própria cantora que nasceu em 25 de dezembro 1949.
“Então é Natal” é uma música tão tocada no mês de dezembro que já existe até mesmo um movimento na internet de Natal Sem Simone com um selo igual ao Natal Sem Fome. O site orapiulas.com chega até a desejar um feliz natal aos ouvidos de todos sem a música de Simone. O espírito “anti-Simone 25 de dezembro” fez até o presidente do Sindicato dos Comerciários de Teresina, no Piauí entrar na justiça com um pedido de proibição da música de Simone nas lojas da cidade, sob a justificativa de irritabilidade dos funcionários e clientes. Protestos e inquietações à parte, essa não é minha preocupação, pois não faltariam músicas no Brasil para tal campanha. A grande questão é que as pessoas tão eclipsadas com as luzes, cores e imagens de belos presentes do velho Noel não percebem sequer a contradição absurda da música que cantam e admiram. A música “Então é natal” que no início fala da “festa cristã”, termina com o “Hare rama a quem ama”. Simone junta Cristianismo e Hinduísmo como se pudesse homogeneizar água e óleo. Ambas as religiões são mutuamente excludentes entre si, pois numa temos uma divindade cristã e noutra uma divindade pagã; numa o Deus da santidade e em outra o deus da sensualidade e promiscuidade; numa é o personagem histórico, Cristo encarnado; e na outra, um personagem lendário, Krishna reencarnado. A diferença entre a crença na encarnação de Cristo e a crença na reencarnação de Krisna é da altura do Everest, e tentar harmonizá-los é uma contradição do tamanho do Himalaia.
Natal é um tempo de paz, pelo mesmo é o que mais se fala, talvez por causa do texto bíblico do evangelho de Lucas 2.14 que deveria ser lido paralelo ao evangelho de João 14.27. Porém essa paz é de Cristo e não Krishna. A música de Simone lembra Hiroshima e Nagazaki, cidades japonesas arrasadas pela bomba atômica no segundo conflito mundial, em 1945. Cita ainda a menos conhecida Mururoa, que na verdade é o Atol Moruroa, localizado na Polinésia Francesa que entre 1966 a 1996 testes nucleares franceses trouxeram prejuízos incalculáveis para as populações vizinhas. A música é portanto uma mensagem de paz e um basta contra a guerra semelhante ao protesto de John Lennon a guerra do Vietnã na versão original. Mas, Simone vai além e quer transmitir a energia de Krisna para aquele que ama, ou seja, aquele que deseja a paz.
E assim a cantora não apenas copiou o protesto de Lennon ante as guerras, mas acabou por adotar também a mesma visão religiosa hinduístas dos Beatles. Em 1966 os Beatles compraram e ouviram um álbum de adoração hinduísta chamado Consciência de Krisna que fora gravado sob a direção do guru hinduísta, Swami Bhaktivedanta Prabhupada, conhecido posteriormente como Srila Prabhupada, o fundador do Movimento Hare Krisna. “Sua Divina Graça”, como era chamado, ministrava aulas e conferências nas propriedades do próprio Jonh Lennon, na Grã-Bretanha. 
E assim a filosofia oriental hindu entra no ocidente e os Beatles passam a cantar “Hare Krishna, Hare Krishna” e a repetir o mantra: Hare Krishna, Hare Krishna. Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare”. Krisna é o deus hindu do Bahagavad Gita ou apenas Gita,( isso lembra a você outra música e cantor brasileiro?)que é o livro religioso dos hinduístas e Hare que dizer energia do Senhor, ou seja, Hare Krishna é a energia de Krishna.
Hare Rama é apenas um outro título para Hare Krishna e Krishna é um deus panteísta, vulgar, cheio de sensualidade e imoralidade. Krishna teve relações sexuais com muitas garotas chamadas vaqueiras. Ele as atraia com sua flauta para o meio da floresta, enquanto tomava banho e aí roubava suas roupas. Ele teve 16 mil mulheres. Seu caráter é marcado pelo roubo e pela sensualidade e luxúria. Krishna é a maior de todas as divindades, seu corpo é azul, tem costume de tocar flauta, cuidar de vacas e namorar as vaqueiras. Como conciliar Cristo, santo e imaculado com aquele que é promíscuo e imoral? Como uma música junta cristianismo e krishnaismo como se fosse a mesma coisa? O krishnaismo é espiritismo e o espiritismo é frontalmente oposto as verdades cristãs. É lamentável que se faça campanha contra uma música simplesmente por causa da mesmice. Imagine quantas canções seriam eliminadas por esse pobre critério. Exemplo disso, os parabéns pra você nos aniversários e o Roberto Carlos todo fim de ano na Rede Globo. Quase ninguém critica a musica “Então é Natal” pelo seu conteúdo anticristão, afinal de contas, para muitos é um assunto bobo, trivialidade religiosa, pois conforme dizem as “religiões são diferentes caminhos que levam a Deus”. Será mesmo? O filósofo Ravi Zacarias, acertadamente disse que as religiões não são essencialmente iguais e superficialmente diferentes, são sim justamente o contrário, superficialmente iguais e essencialmente diferentes. Basta lembrar do princípio básico da lógica aristotélica, a chamada Lei da Não-Contradição que afirma que se duas idéias se opõem, ambas não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. Posso até desconsiderá-las e afirmar que ambas são erradas ou então admitir logicamente que somente uma esteja certa, mas nunca poderei provar racionalmente a veracidade de ambas. A verdade por sua própria natureza é excludente. Cristo exclui Krishna e vice-verso. Para você que celebra o Natal com certeza faz toda a diferença saber a identidade daquele que nasceu na manjedoura em Belém. Nada contra Simone, ela é um ser humano e uma pecadora como eu e você, mas tanto ela como qualquer pessoa precisa saber que “Hare rama” que é Krishna não nasceu e não morreu por ninguém, quem fez isso foi “Yeshua ha Mashiach” – Jesus Cristo, o Messias - e um está tão distante do outro como a terra do céu. 

BIBLIOGRAFIA

CACP- Centro Apologético Cristão de Pesquisas. Disponível em <> www.cacp.org.br.
Defesa da Fé. Revista de Apologética do ICP – Instituto Cristão de Pesquisas. Ano 3, edição nº 14 setembro de 1999.
Disponível em <>http://www.orapiulas.com. Acesso em 08/12/11
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